outubro 29, 2006

Sinto a tua falta
Esta é só uma noite para partilhar
qualquer coisa que ainda podemos guardar
cá dentro num lugar a salvo para onde correr
quando nada bate certo
e se fica a céu aberto
sem saber o que fazer
Esta é só uma noite para comemorar
qualquer coisa que ainda podemos salvar
no tempo um lugar pra nós onde demorar
quando nada faz sentido
e se fica mais perdido
e se anseia pelo abraço de um amigo
Esta é só uma noite para me vingar
do que a vida foi fazendo sem nos avisar
foi-se acumulando em fotografias,
em distâncias e saudade numa dor
que nunca acaba e faz transbordar os dias
Esta é só uma noite para me lembrar
que há qualquer coisa infinita como firmamento,
um sorriso, um abraço
que transcende o tempo
e ter medo como dantes de acordar
a meio da noite a precisar de um regaço

mafalda veiga

outubro 26, 2006

Japanese Arcade

Me and Adrian playing Ghost Squad.

outubro 25, 2006

Até já...

outubro 17, 2006

Amizade II

Para ti que gostas de Dali. Se não fosse o facto de não sermos filhos dos mesmos pais, serias sem duvida a minha mana.
Ficas mana no sentimento.
Já merecias um post miuda, valeu a pena atravessar um Oceano para te conhecer. Há Amizades assim que nascem de improbabilidades como a que nos juntou. Estás longe mas não esquecida.Um abraço...

Amizade I

Chegaram á Portela sozinhos, em grupo, com o namorado, com os pais... Durante as filas de check-in olhava-se de relance para as etiquetas amarelas que denunciavam o destino comum.
Foram quinze dias de algum esforço fisico, de quedas, de grandes chuvadas, mas mais do que isso foi o começo de uma amizade que perdura até hoje passados quatro anos.
Do grupo original apenas uma ovelha se tresmalhou. O trabalho, a falta de tempo, a distância por vezes deixa-nos afastados por uns tempos, mas surge sempre uma oportunidade, seja ela um fim de semana gastronómico, uma prova de vinhos , ou simplesmente uma ida ao cinema , para nos juntarmos.
Nas palavras de um nepalito do Norte , um enorme "bem hajam", são pessoas assim que põem o A na palavra Amizade.

outubro 16, 2006

(...)
Hei-de vestir calça de flanela branca e passear na praia.
Já ouvi as sereias cantando, umas às outras.
Creio que para mim não vão cantar.
Tenho-as visto na direcção do mar e cavalgar as ondas
Penteando crinas brancas de ondas encrespadas
Quando o vento revolve as águas escuras e brancas.
Ficámos nas mansões do mar nós dois em abandono
Entre as ondinas e grinaldas de algas castanhas purpurinas
Até que vozes humanas nos despertam e morremos naufragados.

outubro 13, 2006

"METADE"

Que a força do medo que tenho não me impeça de ver o que anseio que a morte de tudo em que acredito não me tape os ouvidos e a boca pois metade de mim é o que eu grito a outra metade é silêncio Que a música que ouço ao longe seja linda ainda que tristeza que a mulher que amo seja pra sempre amada mesmo que distante pois metade de mim é partida a outra metade é saudade. Quer as palavras que falo não sejam ouvidas como prece nem repetidas com fervor apenas respeitadas como a única coisa que resta a um homem inundado de sentimentos pois metade de mim é o que ouço a outra metade é o que calo Que a minha vontade de ir embora se transforme na calma e paz que mereço que a tensão que me corrói por dentro seja um dia recompensada porque metade de mim é o que penso a outra metade um vulcão Que o medo da solidão se afaste e o convívio comigo mesmo se torne ao menos suportável que o espelho reflita meu rosto num doce sorriso que me lembro ter dado na infância pois metade de mim é a lembrança do que fui a outra metade não sei Que não seja preciso mais do que uma simples alegria pra me fazer aquietar o espírito e que o seu silêncio me fale cada vez mais pois metade de mim é abrigo a outra metade é cansaço Que a arte me aponte uma resposta mesmo que ela mesma não saiba e que ninguém a tente complicar pois é preciso simplicidade pra fazê-la florescer pois metade de mim é platéia a outra metade é canção. Que a minha loucura seja perdoada pois metade de mim é amor e a outra metade também.

Oswaldo Montenegro

outubro 10, 2006

outubro 08, 2006

A minha primeira vez, como ela foi...

Estavamos os dois expectantes daquela que seria a nossa primeira vez. Seria a minha primeira vez, nunca antes tinha exPrimentado. Ela já tinha alguma experiência , eu já não seria o seu primeiro. Marcou-se o dia. Pode parecer estranho marcar-mos a nossa primeira vez, sempre imaginamos que seria um momento mágico e que aconteceria naturalmente, mas a minha não foi assim...Foi com data e hora marcada.
Nessa noite mal dormi, as insónias não me largaram, ela dormia docemente no seu leito.
Cheguei ao local do rendez-vous cedissimo, ela atrasou-se já muito passara da hora marcada quando apareceu na Praia onde tinhamos combinado.Eu despi-me, e tirei a capa que a cobria. Estava linda nas suas corês vermelha e amarela, passei a cêra e ouvi as ultimas instruções. Dirigi-me á agua com ela debaixo do braço, take-off na areia não tem nada a ver com o que se pode fazer em cima dela...
A minha primeira aula de surf foi hoje!!!!!O resultado é o corpo todo dorido, muita agua salgada nas veias, e as fossas nasais bem limpas tal foi a quantidade de agua salgada que inalaram.
Foi muito bom, apesar de apenas me ter conseguido por de joelhos em 8 pés de prancha, e de ter dados umas valentes quedas. Quarta-feira há mais.