outubro 16, 2006

(...)
Hei-de vestir calça de flanela branca e passear na praia.
Já ouvi as sereias cantando, umas às outras.
Creio que para mim não vão cantar.
Tenho-as visto na direcção do mar e cavalgar as ondas
Penteando crinas brancas de ondas encrespadas
Quando o vento revolve as águas escuras e brancas.
Ficámos nas mansões do mar nós dois em abandono
Entre as ondinas e grinaldas de algas castanhas purpurinas
Até que vozes humanas nos despertam e morremos naufragados.