fevereiro 20, 2008

Eternamente tu

O tempo não sabe nada, o tempo não tem razão
O tempo nunca existiu, o tempo é nossa invenção
Se abandonarmos as horas não nos sentimos sós
Meu amor, o tempo somos nós
O espaço tem o volume da imaginação

Além do nosso horizonte existe outra dimensão
O espaço foi construído sem princípio nem fim
Meu amor, huuum, tu cabes dentro de mim
O meu tesouro és tu

Eternamente tu
Não há passos divergentes para quem se quer
Encontrar
A nossa história começa na total escuridão

Onde o mistério ultrapassa a nossa compreensão
A nossa história é o esforço para alcançar a luz
Meu amor, o impossível seduz
O meu tesouro és tu

Eternamente tu
Não há passos divergentes para quem se quer
Encontrar
O meu tesouro és tu

Eternamente tu
Eternamente tu

jorge palma

2 Comments:

Anonymous Anónimo said...

A agenda, a obra, o universo artístico de Jorge Palma em www.bloguepalmaniaco.blogspot.com
newsletter/informações: contactar ladoerradodanoite@hotmail.com

7:32 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Após 366 dias em que as estrelas serviram de mensageiras, a pequena onda olha para o azul daqueles olhos que a deixaram a navegar nos seus mistérios e tesouros, e pensa, como está a ser bom navegar neste mar!

Aconteceu-me
"Eu vinha de comprar fósforos
e uns olhos de mulher feita
olhos de menos idade que a sua
não deixavam acender-me o cigarro.
Eu era eureka para aqueles olhos.
Entre mim e ela passava gente como se não passasse
e ela não podia ficar parada
nem eu vê-la sumir-se.
Retive a sua silhueta
para não perder-me daqueles olhos que me levavam espetado
E eu tenho visto olhos!
Mas nenhuns que me vissem
nenhuns para quem eu fosse um achado existir
para quem eu lhes acertasse lá na sua ideia
olhos como agulhas de despertar
como íman de atrair-me vivo
olhos para mim!
Quando havia mais luz
a luz tornava-me quase real o seu corpo
e apagavam-se-me os seus olhos
o mistério suspenso por um cabelo
pelo hábito deste real injusto
tinha de pôr mais distância entre ela e mim
para acender outra vez aqueles olhos
que talvez não fossem como eu os vi
e ainda que o não fossem, que importa?
Vi o mistério!
Obrigado a ti mulher que não conheço."
- Almada Negreiros -

4:35 da tarde  

Enviar um comentário

<< Home