Sem vontade de ficar, triste por partir...

Não posso dizer que vi o amanhecer, por estas latitudes nunca escurece totalmente, è o lusco-fusco permanente que me faz lembar um sketch dos gatos fedorentos, iam fazer uma fortuna aqui.Dormir é missão quase impossivel para quem está habituado á escuridão do quarto, por aqui as janelas não têm persianas, e as cortinas pouco escurecem o quarto, o colchão é desconfortavel, noites de insónia com uma televisão que passa canais onde tudo é dobrado nesta lingua estranha. Ainda dizem mal dos Morangos com Açucar....
Mas é há sempre um mas... Fica o nó no estômago, aquele friozinho que antecede cada partida, ficam as amizades que fomos fazendo pela linguagem universal dos gestos, pelas palavras metade alemão-inglês-português. Vou voltar, é quase certo que vou, e nessa altura vai-se repetir tudo outra vez, vou querer ir embora, mas não vou ter vontade de partir. O que vai mudar é que da proxima vez vou trazer um tapa-olhos e o meu colchão de acampar.
Estou a caminho... Do quê? quando chegar logo vos digo.

Até já!